quarta-feira, março 01, 2006

Já não há pachorra...

Para Rui Alves, presidente do Nacional da Madeira, e para José Peseiro, ex-treinador do SCP e o gajo mais enconado (perdoem-me a expressão) que conheço.



O primeiro continua a sua série de chorrilhos e barbaridades, tentando fazer a vez dos saudosos Monty Pithon desde que a série deste grupo humorístico deixou de ser transmitida no Canal II da televisão pública. Nonsense elevado ao seu expoente máximo e uma capacidade impressionante para se enterrar e ridicularizar perante as suas e as gentes do continente são os atributos reconhecidos a este presidente que, ainda hoje (!!!), acha que Sporting e Nacional são concorrentes directos na luta pela UEFA. O Porto não, porque tem mais dois pontos que o Sporting, logo serão os futuros campeões nacionais. O Braga, Benfica e Boavista também não, ainda que vão à frente deste clube. Já para não falar do Setúbal, neste momento a 4 pontos do Nacional. O que Rui Alves ainda não parece ter percebido é que, se efectivamente durante 17 ou 18 jornadas o Nacional foi maior (em termos de pontuação no campeonato), mérito lhes seja atribuído, o que dizer dos outros... 99 anos para trás desde que o Sporting nasceu?
O segundo... bem foi meu ódio de estimação e parece querer continuar a ser. O que o Peseiro está a fazer neste momento é a tentar desestabilizar o SCP, com entrevistas para jornais, para canais de desporto e comentários da jornadas em outras estações de TV. O que o menino procura é, indirectamente, quebrar o rendimento da equipa ao tentar reabrir feridas que já pareciam saradas. Como vê que o Sporting de Bento se preparar para atacar de uma vez por todas o campeonato, algo que o Peseiro nunca conseguiu, de facto, fazer, tenta agora reavivar fantasmas já extintos, trazer à baila problemas de antigamente, ainda para mais numa altura em que o Sporting, de per si, já tem problemas mais que suficientes, a braços com eleições, AG's e crises de índole financeira.
A ser bom profissional, Peseiro teria ficado calado. Poderia falar... mas esperava pelo tempo certo para proferir essas palavras. Ao fazê-lo, demonstrava solidariedade com as batalhas do grupo que até há algum tempo orientou, protegendo-o. E com quem o defendeu nessa altura. Falar agora é sinónimo de ressabianço. Se há alguém que não quer que o Sporting seja campeão, porque seria sinónimo da maior derrota pessoal e profissional da sua (curta) carreira, é ele. Esta é a mais pura das verdades e Peseiro, sabendo-o, deveria resguardar-se disso em função da sua honra enquanto pessoa, enquanto líder de homens (que nunca foi), o que não fez, ao papaguear por aí.
A prova de que Peseiro não tinha mãozinhas (e de que é o maior burro, caso contrário, não o teria dito na entrevista) retira-se, de caras, em dois pontos:
1 - Carlos Freitas seria um pólo de desestabilização junto do plantel, procurando virar não só os jogadores (alguns) como também os dirigentes contra Peseiro. Ora, para além de parecer um autêntico queixinhas, algo que vai muito bem com a cara de puto imberbe que ele tem, Peseiro, se queria ser um homem respeitado, só teria de fazer uma coisa: aprsentar a sua demissão perante a SAD caso esta entendesse que Carlos Freitas deveria manter-se como Gestor de Activos. É a atitude que qualquer pessoa normal teria. Peseiro nada fez pois o que contava era estar à frente do plantel principal, ainda que todos estivessem contra ele. Era a batalha de um homem só (e Dias da Cunha?!) contra o mundo. Aliás Peseiro deveria olhar para o comportamento de Carlos Freitas. Saiu porque Peseiro ficava. Entratanto Peseiro saiu... e Carlos Freitas voltou. 1-0 para o segundo.
2 - Peseiro argumenta que uma das razões para o insucesso da equipa foi a de que o capitão não conseguia passar a sua mensagem, a sua filosofia de jogo para os restantes elementos do grupo. WHAT?!?! Então mas isto só vem provar a sua incompetência enquanto líder que nunca foi. Se o capitão não passa a mensagem... é destituído do seu posto. E ponto final! Sem mais conversas! Se Pedro Barbosa era um elemento com essas funções e Peseiro bem sabia da dificuldade dele em passar a sua mensagem, só lhe restava uma posição, que era a de entregar a braçadeira a outro que lhe pudesse coadjuvar. Não o fez. Deixou Barbosa como capitão. Quer dizer, o homem dá tiros nos pés e depois vem dizer que a culpa é de outros?!?!
Razão tinha Pedro Barbosa quando dizia que não acreditava em "democracia participada" no futebol. Está mais que visto que não funciona. E está mais que provado, ao próprio Peseiro, pelo seu sucessor, Paulo Bento, que há que impor disciplina e autoridade no comando de uma equipa de futebol. Porque ao nosso chefe não o mandamos "tomar no cu" (ainda que apeteça). E porque uma equipa se faz de trás para a frente no panorama do futebol actual. Peseiro prefere "ganhar por 5-4 do que por 1-0"? Pois mas o problema é quando ele não marca os 5 ou mesmo os 4, o que aconteceu inúmeras vezes. Como dizia ao Camarada Jesus há uns tempos, prefiro o Sporting campeão mas defensivo do Inácio do que o "melhor futebol da Europa" com Jozics, Queirós e Peseiros.
E deixo uma opinião: Peseiro no Nacional. Ele e Rui Alves no Circo da Choupana. Porque Peseiro é como aqueles jogadores tipo Wender ou Carlitos. Podem ser os melhores do mundo nos seus clubes. Mas jogar/treinar um Grande é uma coisa completamente diferente. E aí é que se vê a fibra de que são feitos os verdadeiros Homens.