quarta-feira, junho 29, 2005

A pergunta que se impõe, mais e mais a cada dia que passa...

... mas afinal os Franz Ferdinand (all heil) sempre vêm ou não tocar a Portugal em Agosto?!?!

segunda-feira, junho 27, 2005

A Abordagem Abrupta dos Abutres....

Por entre copos feitos a álcool, mortalhas quase rasgadas e esmagadas entre dedos amarelos e ressequidos, irrompiam pelos bares adentro tal qual cowboys em western de gosto duvidoso, a penugem a gritar pelo peito fora, como quem quer fugir a uma inevitabilidade, a urrar como quem quer falar mas a falar como quem urra coisas desinteressantes... prescrutavam o seu olhar nas mais variadas direcções e assumiam a dianteira da sua essência... Podia sentir-se o silêncio mais calmo do mundo... mas o ruído da sua deselegância quebraria os mais fortes vidros e acordaria o mais sonolento dos homens...

Num minuto, o espaço à sua volta tornava-se numa arena... numa pista. Cada um debitava a sua especialidade. A sala, à volta, indiferente, não deixava de sorrir perante tamanha insignificância, mas ao mesmo tempo puxava de tapetes vermelhos para uma actuação só sua...
Em poucas ou muitas palavras tudo acabava... mas agora não interessa... ali naquele canto já não há vitórias ou derrotas mas cedências, não há sim nem não mas há todo o mistério que vai de cá para lá ou de lá para cá... e enquanto elas fumavam os seus cigarros e trocavam olhares, os tapetes eram ou não puxados, o silêncio era ou não vencido, uma surda gargalhada ecoava por entre os corpos... e num ligeiro movimento de ombros, de uma leveza indescritível, tudo começava de novo...

domingo, junho 19, 2005

É um bom começo...

... aquele que, apesar do muito sono, ainda me consegui inteirar de madrugada e depois confirmei, já de manhã, na imprensa, como por exemplo aqui.

sexta-feira, junho 10, 2005

10 de Junho

É o feriado em que todos olhamos para o nosso umbigo...
O dia em que nos comemoramos e ao nosso país, aproveitando para ir para a praia ou ficar a dormir até às 2 da tarde... quanto ao Luís Vaz, dele ninguém se lembra mas isso não interessa nada ao caso. Hoje, "Dia de Camões, de Portugal e das Comunidades Portuguesas". Até ao 25 de Abril, "Dia de Camões, Portugal e da Raça". Palpita-me que o Mourinho, ao ser condecorado pelo PR, não deixará de lhe mostrar o seu profundo desagrado por este não ser o dia de "Mourinho, Portugal e das Comunidades Portuguesas"...
E assim podemos continuar a olhar para o nosso umbigo...

quinta-feira, junho 09, 2005

Este não é um post sobre Radiohead

Finalmente percebi o significado da letra do tema "Sit Down, Stand Up (Snakes & Ladders)", dos Cabeça de Rádio, do álbum "Hail To The Thief", quando, acidentalmente, vim parar aqui.

quarta-feira, junho 08, 2005

We've created a monster Part II


Não gosto muito da Kathy mas vá lá...

terça-feira, junho 07, 2005

We’ve created a monster...

Julgo não andar muito longe da verdade se vos disser algo que, parece-me, a grande maioria de nós já notou, nomeadamente aqueles que acompanham minimamente o fenómeno: o futebol já não é só para homem ver e cada vez mais as mulheres são atraídas pelo chamado desporto-Rei (desconsiderando aqui as modalidades olímpicas do sex for sports e do halterocopofilismo, claro está...).

De facto, longe vão os tempos em que nos juntávamos só machos para assistir ao jogo da bola, fosse no café, fosse na casa daquele amigo com ecrã gigante (ou, vá lá, com a televisão maior... ou com garagem). A convivência estava garantida: umas bjecas para animar a malta, tremoço (sem dúvida o melhor marisco) ou amendoim a monte e muito fumo e unhas roídas... gaja que ali se metesse das duas uma: ou era um homem ou estava a apanhar a maior seca da sua vida por causa do namorado/marido.

Muito me apraz que hoje em dia as coisas sejam diferentes. Cada vez mais as nossas meninas vão desenvolvendo aquele gosto especial pelo futebol, que as faz ser tão ou mais ferrenhas que os cromos adeptos da nossa praça, como o Barbas ou o Zé-do-Laço, e que as leva a colorir os nossos estádios com a sua presença, o que apenas vem comprovar as componentes de comunicação e interacção que este desporto tem enquanto veículo mobilizador de agregação de massas, agora diferenciadas, pelo menos, no seu género.

Em Portugal - mais do que lá fora, dadas as excepcionais circunstâncias – a explicação deste fenómeno não andará dissociada, creio, do (relativo) êxito da nossa Selecção Nacional, que, desde 1996, data do Europeu de Inglaterra, nos tem andado a alimentar o ego, fora casos meramente pontuais, unindo-nos, homens e mulheres, num mesmo sonho guiado pelo futebol. Com o EURO 2000 e o EURO 2004 todo este processo cimentou-se e hoje em dia é vê-las nos cafés a berrar mais alto que os homens (“berro estridente” é, sem sombra de dúvida, um exclusivo feminino e não franchisável), nas tais garagens a fazer mais do que a arranjar os comes-e-bebes mas também a olhar para a caixinha ou até (isto sim!!) nos estádios a espalhar a sua beleza... quem não se lembra do famoso e-mail que passou pouco após o EURO 2004 com fotos de lindas raparigas (a não ser aquela portuga nojenta que participou no Big Brother...) a puxar pelas suas selecções?

A juntar a tais factos não será alheio, a nível global, uma clara aposta na fidelização do público feminino. Os manda-chuvas do futebol demoraram umas quantas décadas mas lá se aperceberam que com o advento da adepta de futebol, haveria a possibilidade de, no mínimo dos mínimos, duplicar as receitas desta indústria. É por esta razão que o futebol pouco se importa – bem pelo contrário, até promove – com os metrosexuais e com o culto da imagem do futebolista, o qual, ainda que continue com um cérebro do tamanho de uma noz (caso raro de estagnação ao nível da evolução das espécies), certo é – e sim, isto é que importa (?!?!) – já deixou de ser aquele machão sem jeito, de bigode e com tantos pêlos quanto o Tony Ramos...

Louvem-se as atitudes de promover a comparência das senhoras nos estádios. Desde entradas gratuitas ou preços mais reduzidos para mulheres, que não têm de ser necessariamente no dia da Mulher ou da Mãe, condições especiais para visionamento de jogos, promoções ao nível da fidelização aos seus clubes, oferta de brindes ou pequenas lembranças (mais pelo gesto em si) nos dias dos jogos... pouco mais falta para que possamos ter homem e mulher a partilhar o mesmo gosto e discutir a mesma linguagem futebolística.

Resta saber se isto será bom ou mau. Isso fica a cada qual, naturalmente... no meu caso, sem dúvida que as ter a nosso lado (ou do outro lado) é bem melhor... mas quando elas começam a discutir – e bem – futebol, ou as leis de jogo como o fora-de-jogo (este é o seu teste final) ou até a gozar connosco com as derrotas e infâmias do nosso clube... bem, é nessa altura que sabemos que criámos um monstro e nada mais há a fazer...

0-1 para os Machos (e notem que jogamos em casa...).

sexta-feira, junho 03, 2005

Ah pois é...


...mas o que tem de ser tem de ser com muita força, não é?

Sou só eu?

Ou mais alguém se apercebeu que a música "The Blower's Daughter" de Damien Rice (a do "I can't take my eyes of you") soa a uma versão mesmo muito bera do "Fake Plastic Trees" dos Radiohead (do álbum The Bends)?

quarta-feira, junho 01, 2005

A small step for a man, a giant leap for mankind

De quando em vez lá aparecem aquelas notícias que nos fazem sorrir ou até mesmo soltar uma grande gargalhada, seja pelo conteúdo da própria notícia, seja pelo efeito que cria nas pessoas.

Vem isto a propósito de uma iniciativa (?!) que já tem direito a site e tudo e milhões de seguidores... ora vejam em http://www.worldjumpday.org/.

Isto explica-se em poucas linhas: segundo estudos da ISA/München (Alemanha) - Departamento de Física Gravitacional, se num determinado momento, um mínimo de 600 milhões de pessoas no Hemisfério Norte derem um salto ao mesmo tempo, poderão alterar a órbita do planeta Terra, sendo então possível diminuir o aquecimento global, aumentar as horas de luz solar e criar um clima mais homogéneo. Em Portugal, será a 20 de Julho de 2006, às 11h:39m:13s. Já estão inscritas, a um ano do evento, quase 100 milhões de pessoas (?!?), e de entre as inúmeras de nacionalidade portuguesa, destaque-se José Manuel Durão Barroso, especialista de renome mundial em "saltos daqui para fora", assim como a maioria dos políticos portugueses, mestres na arte de saltar de nomeação em nomeação...

A única ciência exacta sobre a qual me posso debruçar sem qualquer tipo de problemas é a do zapping. Não obstante, tenho bastantes dúvidas que "o salto" possa alterar a órbita gravitacional da terra, a qual de certeza voltaria ao lugar por força dos magnetismos pré-existentes... para além do mais a energia gerada pelo "salto" nunca seria suficiente para alterar a órbita do nosso planeta... e não me parece ainda que uma alteração da órbita do planeta possa ter efeitos tão benéficos em todo o planeta, sendo necessários mais estudos para termos certezas quanto aos efeitos perigosos que essa alteração pode gerar (é que eu não quero ir aí a cair à maluca pelo espaço, nunca se sabe...).

Ainda assim, vão lá ver e retirem as vossas conclusões. Mas uma certeza tenho: esta iniciativa vai de certeza ficar marcada para sempre na nossa História. Imagino-me com os meus filhos ou netos a ler a edição de 2050 do Livro Guiness dos Recordes e contar-lhes a história do "Record Da Maior Quantidade De Papalvos A Saltar Feitos Cangurus Malucos Ao Mesmo Tempo"...